quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Pequenas e curiosas histórias

Esta semana vou contar algumas histórias curtas e curiosas, todas verídicas (de verdade mesmo). Aproveitando o gancho da semana passada, sobre locução de corridas, vou lembrar de um pequeno episódio ocorrido no Hipódromo Ipiranga, em Magé há muitos e muitos anos atrás. Convidado para narrar as corridas daquele lindo e ensolarado dia, lá fui eu todo empolgado, com meu TL branco, sem a quarta marcha. Em determinado páreo, não deu para ver, a olho nu, quem vencera, tão difícil fora a chegada entre dois competidores. Recorri à Comissão de Corridas, perguntando sobre o photochart. A resposta foi imediata: não tem! Indaguei, então, e agora? De novo, na lata: Diz que ganhou o 4. Eu disse e quem havia jogado no outro me vaiou por quase meia hora, até a largada do páreo seguinte...

Um dos grandes jóqueis que passaram pela Gávea tinha um gosto muito particular: ganhar com pules altas. De certa feita, após dar uma verdadeira “tacada”, convidou os amigos mais próximos para um jantar numa das melhores churrascarias da cidade. Muita carne e cerveja rolando, afinal era boca livre e ninguém dispensa tal evento. No final da noite, todo mundo satisfeito e feliz, o anfitrião pede a conta ao garçom. A conta chegou e ele nem se preocupou com a despesa, afinal a “tacada” fora das grandes. Vira-se nosso jóquei, tira do bolso o talão de cheques e chega para um amigo e pede: Preenche aí este troço. Pedido atendido, veio a pérola: “Agora assina aí”. O amigo, perplexo, retrucou: “Como assina aí, tá maluco?” Veio a resposta: “O cheque é meu e assina quem eu quiser”...

Esta já contei há tempos, na coluna do JT, mas vale a pena relembrar. Um certo cavalariço, dos bons, tinha um vício, até certo ponto inofensivo, e seu patrão sabia, mas só exigia que aquele cigarrinho que não é vendido em botequim não fosse saboreado na cocheira. O rapaz mantinha embaixo de sua cama, no quarto dos empregados, um pacote pequeno, para o mês inteiro. Certo dia, um amigo entrou em desabalada carreira na cocheira e avisou que a segurança do hipódromo estava dando uma blitz, atrás da erva. Desesperado, o artista pegou seu pacote e tacou no cocho de ração da melhor égua do treinador. Passado o susto, lá foi ele buscar o seu “verdinho” quando se deparou com a tordilha lambendo os beiços após saborear aquela “alfafa” tão diferente. O detalhe: a égua estava inscrita alguns dias depois e ganhou disparada. Mas teria vencido mesmo sem o “reforço”...Chega!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Eles adoram os locutores de turfe

Em primeiro lugar gostaria de me desculpar com os poucos e sinceros amigos que perdem parte de seu precioso tempo para acessar este singelo blog matunguístico. Na semana que passou não houve como atualizá-lo, uma vez que o bucéfalo mais bem informado do turfe mundial estava mais atolado que nunca, envolvido nas matérias sobre a eleição do melhor jóquei de todos os tempos, na Gávea, para O GLOBO. Junto com os demais afazeres e ainda o tempo dedicado à malhação, não aos outros, mas sim na academia, não deu mesmo.

Mas, com uns dias de atraso, vamos abordar um assunto muito interessante que já acontece não é de hoje e afeta, diretamente, a personalidade narrativa do matungo em questão. Há muitos anos, alguns criadores de cavalos PSI batizavam alguns de seus corredores com apenas um intuito: sacanear os locutores. Numa época, para tentar atrapalhar o maior de todos, Teophilo de Vasconcellos, um criador deu a dois de seus potros os nomes de POR DENTRO e POR FORA. E, pior ainda, inscrevia sempre os dois juntos e mandava os jóqueis correrem pelo lado da pista contrário aos nomes. Por Fora deveria vir por dentro e Por Dentro, por fora. Mas o Teophilo deu show e nunca se encrencou.

Combinações do nome do pai com o da mãe, muitas vezes tinham um resultado absurdo, numa sopa de letrinhas que não havia pronúncia correta que desse jeito. E isso perdura até os dias de hoje. Esta semana, por exemplo, vai estrear um potro, do Stud TNT, cujo belíssimo nome é RIPAPIBAQUÍGRAFO. Vocês já imaginaram dizer isso durante a narração de um páreo, rapidinho. Mas já encontrei a forma de não proporcionar risadas absolutas do bom amigo criador. Vou avisando aqui, de antemão, e na TV vou informar desde cedo. Pra mim, na transmissão da prova, o simpático potrinho será chamado de RIPA.

Eu só torço, mesmo, de todo o coração, que este bichinho seja muito corredor. Um animal de exceção e, como todos os bons produtos deste criador e proprietário, seja mandando para cumprir campanha nos Estados Unidos. Vou pagar para ver, ou melhor, ouvir o locutor americano pronunciado este nome poético. O cara vai dar um nó na língua e vai passar, pelo menos, seis meses num fonoaudiólogo. Para encerrar, em meu nome e de todos os locutores de turfe do país, um obrigado de coração ao dono do TNT. De agora em diante, seu potrinho será RIPA. Mas não na Chulipa!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

As resoluções de Ano Novo

Este espaço criado por quem não tinha mais o que fazer, até que está contando com uma boa aceitação. Afinal, amigos são pra essas coisas, certo? Como esta atualização é a primeira de 2008, o matungo mais esperto e “sarado” do turfe mundial decidiu que vai cumprir à risca todas as resoluções tomadas à beira da praia. Diante da grandeza dos fogos, que este ano não esperaram nem à meia noite para estourar nos céus de Copacabana e tiveram concorrência forte do Pavão-Pavãozinho (fizeram uma queima de fogos de primeiro mundo), o matungo decidiu:

Um dia vou parar de fumar. Não posso precisar o mês, nem o ano, mas me livrarei deste vício terrível e do abominável hábito de tacar fumaça nas fuças alheias. Outro vício, adquirido bem mais recentemente, também precisa ser controlado (acabar com ele não dá mais). Refiro-me ao tal de Orkut (pra mim, Iogurte), que tentei evitar durante anos, mesmo assistindo familiares e amigos completamente dominados por ele. Fui fraco, não resisti e hoje me vejo envolvido nesta rede de “drogados” que cada vez aumenta mais.

Também vou parar de beber...aquele tal de suco feito de soja (coisinha horrível) e também cheguei a uma conclusão, finalmente. Descobri que cerveja faz mal...quando falta. Outra resolução importante foi a de manter as “turbinas” em constante manutenção, principalmente em páreos que corram cavalos treinados pelo Junior Mala. Outro dia, se não fosse a desclassificação, a turbina do matungo ia pro espaço. Também decidi não contar mais histórias que me envolvam diretamente. Por causa da última, sobre as “baratas”, tenho sido constantemente sacaneado e não se deve fazer isso com um homem da minha idade.

Finalmente, resolvi que este ano não vou mais tirar “sarro” dos vascaínos. Por karma ou alguma maldade que fiz em outras vidas, alguns dos meus melhores amigos torcem ou pelo Fluminense ou pelo Vasco. O Fluminense eu nem perco tempo em tirar onda, pois nem em segundo eles chegam, mas o rei do vice merece sempre a minha eterna atenção. Resolvi continuar com este blog, pelo menos para encher o saco dos outros, aqueles pobres desavisados que ainda perdem tempo em ler isto aqui. A estes fiéis amigos, masoquistas por natureza, o meu obrigado e o desejo de que 2008 seja cheio de saúde, paz e muitas barbadas. Outra decisão que tomei é a de não ir mais ao Jockey usando camisetas com números, pois o pessoal fica querendo jogar neles...Chega!