Esta semana vou contar algumas histórias curtas e curiosas, todas verídicas (de verdade mesmo). Aproveitando o gancho da semana passada, sobre locução de corridas, vou lembrar de um pequeno episódio ocorrido no Hipódromo Ipiranga, em Magé há muitos e muitos anos atrás. Convidado para narrar as corridas daquele lindo e ensolarado dia, lá fui eu todo empolgado, com meu TL branco, sem a quarta marcha. Em determinado páreo, não deu para ver, a olho nu, quem vencera, tão difícil fora a chegada entre dois competidores. Recorri à Comissão de Corridas, perguntando sobre o photochart. A resposta foi imediata: não tem! Indaguei, então, e agora? De novo, na lata: Diz que ganhou o 4. Eu disse e quem havia jogado no outro me vaiou por quase meia hora, até a largada do páreo seguinte...
Um dos grandes jóqueis que passaram pela Gávea tinha um gosto muito particular: ganhar com pules altas. De certa feita, após dar uma verdadeira “tacada”, convidou os amigos mais próximos para um j

antar numa das melhores churrascarias da cidade. Muita carne e cerveja rolando, afinal era boca livre e ninguém dispensa tal evento. No final da noite, todo mundo satisfeito e feliz, o anfitrião pede a conta ao garçom. A conta chegou e ele nem se preocupou com a despesa, afinal a “tacada” fora das grandes. Vira-se nosso jóquei, tira do bolso o talão de cheques e chega para um amigo e pede: Preenche aí este troço. Pedido atendido, veio a pérola: “Agora assina aí”. O amigo, perplexo, retrucou: “Como assina aí, tá maluco?” Veio a resposta: “O cheque é meu e assina quem eu quiser”...
Esta já contei há tempos, na coluna do JT, mas vale a pena relembrar. Um certo cavalariço, dos bons, tinha um vício, até certo ponto inofensivo, e seu patrão sabia, mas só exigia que aquele cigarrinho que não é vendido em botequim não fosse saboreado na cocheira. O rapaz mantinha embaixo de sua cama, no quarto dos empregados, um pacote pequeno, para o mês inteiro. Certo dia, um amigo entrou em desabalada carreira na cocheira e avisou que a segurança do hipódromo estava dando uma blitz, atrás da erva. Desesperado, o artista pegou seu pacote e tacou no cocho de ração da melhor égua do treinador. Passado o susto, lá foi ele buscar o seu “verdinho” quando se deparou com a tordilha lambendo os beiços após saborear aquela “alfafa” tão diferente. O detalhe: a égua estava inscrita alguns dias depois e ganhou disparada. Mas teria vencido mesmo sem o “reforço”...Chega!
7 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk... essa comissão é das boas... O 4 deveria ser cavalo de comissário... só pode... e quem leva a pancada é sempre o lado mais fraco, no caso, o locutor... É amigo, tomar pancada faz parte no turfe... Um grande abraço e já estou na área... Fui!
Esta na hora de voltar a escrever... Abandonou o barco??? Vamos lá, quero dar gargalhadas, aliás, estou precisando... Grande abraço, fui!
Eu, outra vez, Marco.
Só pra informar que estou colocando o link do Matungão no meu blog.
Outro abraço do Senna.
porque parou...parou porque? aguardando a nova matéria...bjs
Pois é... Acompanho o turfe desde os dois anos de idade e há coisas boas e coisas ruins em todos os tempos. Vamos às de agora: Temos um ótimo locutor de turfe em São Paulo, que é o Roberto Casela. Mais preciso do que ele eu não conheci nenhum outro, embora tendo conhecido de perto O Vicente Chieregate, o Teophilo de Vasconcellos, o Otávio Rocha Filho, o José Lancelote, O Nilson Genovesi, o filho dele e o Fuad Arida. O Casela é capaz de identificar, na chegada de um páreo com mais de 15 competidores, cada um deles e sua respectiva colocação. Para ser ainda melhor, ele poderia informar-se mais sobre como pronunciar nomes como Ukulelê
e Zambauê, que são óxitonos, Moroti (o i final não comporta o acento, por regra de ortografia) mas a pronúncia é Morotí e não Moróti. Pedrinha, que ele transmite como diminutivo de um nome próprio que não existe - Pedra (?!) - deveria ser pronunciado como diminutivo do fragmento pedra, ou seja, com o e aberto. São pequenos equivocos, mas não chegam a pasmar como aquele do serviço veterinário da Gávea informar que algum cavalo apresentou-se com uma "exaustão leve". Eles não sabem que exaustão é não ter sequer uma gota de energia...Onde estudaram veterinária?
Outra coisinha que incomoda é a falta de padrão que ocorre aqui em São Paulo na apresentação do cânter, pois o cara que deve colocar o rateio do animal que se apresenta, ora o coloca, ora não. Será que ele não ganha para trabalhar direito?
Joel R. Prado - São Paulo
Pois é... Acompanho o turfe desde os dois anos de idade e há coisas boas e coisas ruins em todos os tempos. Vamos às de agora: Temos um ótimo locutor de turfe em São Paulo, que é o Roberto Casela. Mais preciso do que ele eu não conheci nenhum outro, embora tendo conhecido de perto O Vicente Chieregate, o Teophilo de Vasconcellos, o Otávio Rocha Filho, o José Lancelote, O Nilson Genovesi, o filho dele e o Fuad Arida. O Casela é capaz de identificar, na chegada de um páreo com mais de 15 competidores, cada um deles e sua respectiva colocação. Para ser ainda melhor, ele poderia informar-se mais sobre como pronunciar nomes como Ukulelê
e Zambauê, que são óxitonos, Moroti (o i final não comporta o acento, por regra de ortografia) mas a pronúncia é Morotí e não Moróti. Pedrinha, que ele transmite como diminutivo de um nome próprio que não existe - Pedra (?!) - deveria ser pronunciado como diminutivo do fragmento pedra, ou seja, com o e aberto. São pequenos equivocos, mas não chegam a pasmar como aquele do serviço veterinário da Gávea informar que algum cavalo apresentou-se com uma "exaustão leve". Eles não sabem que exaustão é não ter sequer uma gota de energia...Onde estudaram veterinária?
Outra coisinha que incomoda é a falta de padrão que ocorre aqui em São Paulo na apresentação do cânter, pois o cara que deve colocar o rateio do animal que se apresenta, ora o coloca, ora não. Será que ele não ganha para trabalhar direito?
Joel R. Prado - São Paulo
Pois é... Acompanho o turfe desde os dois anos de idade e há coisas boas e coisas ruins em todos os tempos. Vamos às de agora: Temos um ótimo locutor de turfe em São Paulo, que é o Roberto Casela. Mais preciso do que ele eu não conheci nenhum outro, embora tendo conhecido de perto O Vicente Chieregate, o Teophilo de Vasconcellos, o Otávio Rocha Filho, o José Lancelote, O Nilson Genovesi, o filho dele e o Fuad Arida. O Casela é capaz de identificar, na chegada de um páreo com mais de 15 competidores, cada um deles e sua respectiva colocação. Para ser ainda melhor, ele poderia informar-se mais sobre como pronunciar nomes como Ukulelê
e Zambauê, que são óxitonos, Moroti (o i final não comporta o acento, por regra de ortografia) mas a pronúncia é Morotí e não Moróti. Pedrinha, que ele transmite como diminutivo de um nome próprio que não existe - Pedra (?!) - deveria ser pronunciado como diminutivo do fragmento pedra, ou seja, com o e aberto. São pequenos equivocos, mas não chegam a pasmar como aquele do serviço veterinário da Gávea informar que algum cavalo apresentou-se com uma "exaustão leve". Eles não sabem que exaustão é não ter sequer uma gota de energia...Onde estudaram veterinária?
Outra coisinha que incomoda é a falta de padrão que ocorre aqui em São Paulo na apresentação do cânter, pois o cara que deve colocar o rateio do animal que se apresenta, ora o coloca, ora não. Será que ele não ganha para trabalhar direito?
Joel R. Prado - São Paulo
joelprado@columbiamarcas.com.br
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