Não lembro ao certo, mas eram uns oito produtos de 2 anos, ainda por domar, de alguns criadores paulistas. Quando mandei que os empregados fossem desembarcar os animais, um deles voltou com uma justificativa meio estapafúrdia. “Seu Marco”, disse-me ele, o cabresto não dá, preciso de outro. De imediato imaginei, que raio de potro cabeçudo é este. Mandei que o cavalariço procurasse o maior que tínhamos na cocheira e ele respondeu: não é isso, é que o bicho é pequeno demais e os nossos cabrestos ficam sobrando. Na hora, imaginei: erraram e mandaram um pônei pra gente. Bom, curioso, fui até lá e quase trouxe o cavalinho no colo.
A raça do minúsculo exemplar de PSI era notável, se fosse ele, realmente, um cavalo de corrida. Num carrossel, sem dúvida, seria um sucesso. Não vou citar o nome do pobrezinho, pois poderia deixar melin

No dia seguinte, bem cedo, na cocheira, perguntei ao meu segundo-gerente como havia sido o leilão e ele me disse que “todos” os oito haviam sido vendidos. Eu perguntei: “Todos”? E ele disse, sim. Dois ou três dias depois os compradores foram à cocheira, com as liberações e fui entregando os potros até que restou apenas um: Adivinhem: o anãozinho. Em seguida, dois senhores, muito distintos, entram na cocheira, procuram por mim, e me informam: Marco compramos um potro no leilão e gostaríamos muito que você o treinasse. Senti um calafrio na espinha. E não deu outra, era ele, o pequenino. Tentei, da forma mais educada possível, dissuadi-los da compra, mas não teve jeito, eles se apaixonaram pelo meio quilo. Pra resumir, depois da doma e de alguns “treinos” ele estreou e chegou último a 30 corpos. Acho que depois disso, não me lembro bem, foi para algum carrossel...Chega!