quinta-feira, 21 de agosto de 2008

As colunas feitas pro Turfenet

E que jamais foram publicadas

Como já escrevi em alguns lugares, o primeiro projeto de site elaborado pelo matungo aqui e o saudoso Zig sonharam, chamava-se Turfenet. Apesar de pronto, nunca entrou no ar. Fuçando arquivos antigos, encontrei o primeiro Matungão feito para o site e depois um outro, com brincadeira feita com nomes de cavalos. Achei legal reproduzí-los por aqui. Lá se vão mais de seis anos e espero que vocês gostem.

Olha O Matungão aí, gente - por Marco Aurélio Ribeiro (15/8/2002 20:29:47)

Os incautos que se cuidem. Este bucéfalo não perdoa !!! Nascido em 1984, nas páginas de O POVO, O MATUNGÃO foi criado para homenagear o saudoso Haroldo Barbosa, que entre tantos atributos, era um apaixonado turfista e criou O PANGARÉ, que durante anos brilhou nas páginas de O GLOBO. Tive o privilégio de conviver com Haroldo e por muitas vezes fui buscar a coluna em sua casa. Certa vez fui personagem de uma de suas fantásticas crônicas, quando comprei um cavalo de nome Degree e até hoje guardo com carinho aquela página. Longe de querer copiar o mestre, criei O MATUNGÃO para tentar contar, com humor, algumas histórias (sempre verídicas) do turfe e comentar fatos do dia-a-dia do esporte que amamos, de uma forma descontraída, alegre e por vezes deixando personagens de "saia justa", por culpa deles mesmos.

Bucéfalo viajado, O MATUNGÃO já meditou no Nepal, fez o caminho de Santiago de Compostela, mas nunca leu Paulo Coelho (por falta de tempo), porém adora Jorge Amado e os Casseta & Planeta. Quando deixei O POVO, em 95 se não me engano, dei férias pro matungo e de lá prá cá, ele ressurge uma vez por ano em Brasil Turfe, a revista do Faro, que sai no dia do GP Brasil. Agora, depois de demorada negociação, envolvendo seis empresários, oito firmas de consultoria equina, um padre franciscano e o paranormal Thomas Green Morthon, O MATUNGÃO está de volta e em grande estilo, aqui no Turfenet. Desde já aviso às musas do site que o bucéfalo está comprometido com um dançarina búlgara, mas vai curtir uma amizade sincera com elas.

Ainda não está definido, mas a tradição do colunista equino-sensitivo foi de sempre aparecer às quartas-feiras. O assunto ainda está sendo estudado. Bem, ao amigo Zig, companheiro de jornadas equinas desde o século XVIII, acrescento que me sinto envaidecido (isso é meio boyola), me sinto gratificado (piorou)... tô feliz pra cacete de voltar. People, se cuide e não pise na bola, pois O MATUNGÃO está de volta e quem escorregar vai pintar na telinha... Como diria o grande filósofo francês Jacy Borreaux... Je suis très content et voulez vous couchez avec moi... ce soir... Chega!

Os milagres do Dr.Trigueiro - por Marco Aurélio Ribeiro (19/9/2002 00:31:17)

A fama do médico tem atraído ao Rio muitos clientes paulistas

Esta coluna especial é uma homenagem à fantástica habilidade de nossos criadores, que nos últimos tempos têm escolhido nomes geniais para seus corredores. Em forma de pequeno conto, este bucéfalo presta homenagem aos mais belos e originais nomes de cavalos do turfe brasileiro. Dotado de benevolência incomum, o famoso médico DR.TRIGUEIRO, uma espécie de clínico geral e terapeuta, decidiu atender pacientes sem cobrar nada. Seus dois fieis enfermeiros distribuiam as senhas para o atendimento.

Cordiais e atenciosos HORÁCIO e NICODEMUS eram queridos pela população. A primeira cliente, ZEFINHA, queixava-se de dores de cabeça e depressão e o bravo doutor deu-lhe alguns comprimidos e aconselhou-a a divertir-se. A nobre senhora resolveu passear no Jardim Zoológico, onde ficou impressionada com a ferocidade do GORYLLA e a docilidade do JACAREGAY. A fama de nosso bravo doutor espalhou-se rapidamente ecomeçaram a chegar pacientes de São Paulo. XAVIER DE SOUZA foi o primeiro, com sérios problemas com sua mulher, uma carioca encrenqueira, chamada FAFU DO LEME. Depois de aconselhado, voltou melhor à paulicéia. Um dos casos de grande repercussão foi o de DON RIGOBERTO, um chileno amante de música brasileira, que adora JAMELÃO.

Portador de uma alergia quase incurável, o nobre cidadão melhorou sensivelmente após várias doses de chá da casca de JEQUITIBÁ ROSA. Outro caso curioso foi o de um chinês, adorador de MAO, que se feriu com a explosão de uma GRANADA DE MÃO. Coitado, precisou de tratamento intensivo, mas assim que melhorou foi logo dizendo que iria fazer pesquisa sobre ENERGIA NUCLEAR na usina de LA ANGRA. Bom, por enquanto e só, mas outras homenagens surgirão, com certeza, pois a mente fértil dos nossos criadores não pára. Deixo meu TECLADO com pesar, mas preciso ir. É com os ZOZÓIO lacrimejantes que me vou, mas garanto que EU TÕ MALUCO pra voltar...Chega!

Um comentário:

Frei disse...

Olá, Matungo

Será que vamos precisar apelar para o Dr. Trigueiro fazer você voltar a escrever aqui?

Quase um ano! Vamu trabalhar, homi

[ ]s do Frei