quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Os apostadores e suas manias

O apostador em corridas de cavalo é diferenciado. Isso é um fato líquido e certo. Uns não conseguem jogar sem informação. Escutam e assistem a todos os programas, anotam as marcações dos cronistas, fazem uma média e aí sim, depois de tudo isso, perdem seu rico dinheirinho muito bem informados. Existem aqueles que gostam de ouvir uma boa história. Pronto, bastou algum conhecido contar que ouviu o treinador ou o jóquei comentando alguma coisa, maravilha, corre para o guichê e manda bala.

Também tem aquele grupo que não desgruda da cerca e olha para todos os jóqueis no caminho para o cânter. Qualquer gesto, seja uma coçadinha no nariz ou na perna e até mesmo um piscar mais rápido de olho (provavelmente um cisco qualquer), é interpretado como um “sinal”. E aí, tome pule no referido competidor. Existem aqueles que combinam o número do telefone, do documento, da portaria de onde moram e são tantas as manias dos apostadores, que daria até para escrever um pequeno livro. Mas há bem pouco tempo me contaram sobre um turfista que tem um método, segundo ele, infalível, mas que na realidade está muito perto da insanidade.

É evidente, como tenho feito desde a primeira história deste blog, que não darei nome aos bois, até por uma questão de bom senso. Mas, um turfista daqueles que não passam um dia sequer sem apostar nas corridas, tem seu nome iniciado pela letra D. Em razão disso, segundo seus amigos mais próximos, só joga em cavalos cujos nomes comecem ou tenham esta belíssima relíquia de nosso alfabeto. Como na Gávea são apenas quatro corridas semanais, o ilustre D, passa horas nas agências onde se pode apostar nas programações internacionais e o método é o mesmo. Quando em um páreo não existe qualquer corredor começando com sua letra preferida, ele taca ficha em um que comece com The. Segundo nosso folclórico personagem, o som é o mesmo da inicial de seu nome.

Mas, para terminar, os “amigos” deste cidadão, que me passaram esta história, enriquecendo meu blog, também se mostraram extremamente e “um tanto quanto” meio perturbados em relação às apostas. Por acaso, estava eu com uma camiseta verde, com o número 47 em relevo, e um dos mais jovens do referido grupo, que tem o nome iniciado pela letra L, mas não apela para esta prerrogativa insano-turfística para fazer sua aposta, vibrava intensamente após a realização do último páreo. Não entendi muito toda aquela euforia, apenas quando me dei conta de que vencera Sameli e em segundo chegara Nymph Caprice. Dera a dupla 47...e com pule alta! Como diria o Fausto Silva, “O Loco Meu”...

Um comentário:

Cerca Móvel (KL) disse...

Quando vc for usar novamente essa camisa, me avisa, ok...

Grande abraço
Karol