quinta-feira, 13 de março de 2008

O dia em que o cavalo ficou de porre

Antes que os amigos comecem a me ligar cobrando, encontrei um tempinho para atualizar este treco aqui que fui inventar e me lasquei, pois tenho que puxar pela memória e ir buscar histórias verídicas (de verdade mesmo). Neste esforço monumental, que não é o campo do River Plate (Salve Manolo), consegui me lembrar de uma sensacional, quando um cavalo, horas antes de participar de uma prova, ficou completamente bêbado e, ainda assim, produziu uma performance interessante, finalizando na terceira colocação, mesmo tonto e cambaleando pelo percurso. O jóquei, que ainda está em atividade, até hoje não entende como aquele bicho, que ziguezagueava em todo o percurso, conseguiu se colocar.

Não apenas no turfe, mas em todas as atividades esportivas, atletas, treinadores e no caso das corridas, os veterinários, sempre buscam um “reforço extra” para melhorar a performance. Não se trata de doping, pois hoje os laboratórios são avançadíssimos e com tanta modernidade, fica difícil burlar os equipamentos de primeira. Mas sempre tem alguma coisa que alguém ouviu falar, que está funcionando e fazendo os bichos correrem de verdade. A nebulização era muito utilizada nos anos 80 e os corredores ficavam com uma máscara de oxigênio durante um bom tempo antes de saírem das cocheiras em direção ao hipódromo. Na maioria das vezes era colocado apenas soro naquele copinho.

De repente foi descoberto que, para melhorar ainda mais a performance, um aditivo especial, colocado no famoso copinho, que levava o ar para os pulmões dos cavalos, faria mágicas. Era uma quantidade pequena de “vodka”. Isso mesmo, a famosa Orloff daquela época. Colocava-se um pouco da branquinha, tacava a máscara no bicho e em meia hora os pulmões estavam cheios, prontos para fazer o bicho “voar”. Mas a quantidade era pequena, menos de meio copo.

O personagem em questão, que nem sob tortura eu divulgarei o nome, tinha um bicho inscrito numa noturna, lá pelo sexto páreo, a ser corrido perto das 21horas. Raciocinou o nosso herói: “são 4 da tarde, se eu começar a operação agora, até as 7 o bicho já está cheio de gás”. Ele já tinha a máscara comprada e pediu a um dos cavalariços que fosse ao boteco comprar uma garrafa de vodka. Ele sabia que a quantidade era “metade”...só que entendeu errado e ao invés de encher o copinho pela metade, tacou foi meia garrafa da branquinha no pobre do bucéfalo. Enchia o copo e quando o bicho acabava de respirar aquilo tudo, enchia de novo, e assim sucessivamente. Bom, para encurtar, o cavalariço teve que levar o bicho para o prado, montado. Na hora do exame, os veterinários de plantão garantiram que iriam denunciá-lo por trabalhar bêbado, quando o bafo era do cavalo. O resto eu já contei, o pinguço de quatro patas ainda chegou terceiro. Tá certo que só correram quatro e um mancou...Chega!

2 comentários:

Cerca Móvel (KL) disse...

Caraca, esse cavalo tá bem parecido com um matungo que eu conheço, que no aniversário de 53 anos tava trocando as patas... porém o que eu conheço, chega sempre em primeiro!!!!

Unknown disse...

Vejam só...fiquei até me perguntando se esse cavalo não seria seu....brincadeirinha!!!
História pra contar é o que não falta pra vc não é verdade, mas muito cuidado com a memória, afinal vodkas e similares costuma afeta-la...(risos)..

Um beijo barbacenizado pra ti...
Kakau Souza!!!